Tem processos que atravessam a gente por dentro.

Tive o prazer de conversar com…

Tem processos que atravessam a gente por dentro.

Tive o prazer de conversar com o @elaoglobo e @mdisitzer sobre o processo de criação da minha Heleninha (obrigada @maricaruso) — e como esse mergulho mexeu comigo de muitas formas.

A primeira vez que entrei numa sala de teatro, lembro da sensação de ser empurrada pra fora de mim. Aqueles momentos me convidaram a me expor, a sonhar mais alto, a experimentar novas sensações, a questionar minha própria postura diante da vida.
E, de alguma forma, viver a Heleninha tem me levado de volta a esse lugar.

No caminho de construção da personagem, fui acolhida por pessoas em processo de recuperação, que compartilharam comigo suas histórias com uma generosidade comovente. E ali, mais uma vez, fui atravessada. Porque ouvir essas histórias — de dor, mas também de consciência, dignidade e reinvenção — é ser lembrada do quanto a vida pode ser frágil… e, ainda assim, cheia de força.

Perceber o quanto pode ser aprisionador e solitário o desafio diário de um alcoolista — e o quanto cada pequeno passo representa uma escolha pela vida — ampliou também os meus próprios limites. O olhar. A escuta. A humanidade.

Queria que mais gente tivesse essa chance.

Essa Heleninha não pretende ser caricatura. Nem eu.
Tem nervo, tem fragilidade, tem luta, tem afeto.
E tem sempre a chance de recomeçar — um dia de cada vez.

Fotografia @gil_inoue
Styling @ferrarijeff
Beleza @charlesgran

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